Exposição de Paulo Seara - Inauguração 11-Jun, 22h

Sinopse

O silêncio sobre a actualidade encontra-se no seu zénite. É sobrevalorizado. Não é provocação, ou receita de um artista inábil; falta na arte portuguesa uma nova disciplina a inactualidade.

Posso ir para trás no tempo e encontrar não actualidades paralelas com a nossa década. Mesmo agora existem não actualidades viradas para o lado de dentro, mesmando à espera do toque.

Transformado o nosso tempo, transformado a arte na nova moeda das relações humanas, é possível dar a cada um, uma esfera de influência artística. A aplicação da criatividade, como única forma revolucionária de realizar a escultura social.

Desenvolvi estes trabalho partindo do conceito do documentário “Fantasia Lusitana” de João Canijo. Possivelmente os artistas deste início de década, estão mais atentos à arqueologia da nossa identidade cultural, do que outros, que lhe dedicaram menos atenção.

É uma actualidade de agora que apresento, um memorial pictórico sem mistério ou intriga, situada na repetição em redor daquilo que no passado escondemos; agora por auto-sugestão do artista se revela. É preciso fazer sair o quotidiano a lei de excepção do silêncio.

A nossa arte, às vezes é falsa, ainda é uma arte repetitiva, sem extrapolar a nossa essência e os medos maiores. Mas como é preciso viver, sem deslumbramentos realizo esta exposição.

Obras

1.Juíz 2. As irmãs olsen 3. Bob 4. Centrão 5. Explicação dos anos 80 6. Infiltração 7.Menino da lágrima revisitado 8. Nox 9. O primo 10. Sardinha para dois 11.Trindade Keynes 12. Trovão; Bruno; dos Anjos